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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

TU NÃO DESISTAS, PEDRO!

Nota introdutória: Eu sei que hoje houve uma entrevista da RTP ao Primeiro Ministro mas…não tendo sido mais que o esperado, e onde eu ressalvo a boa educação do Costa perante Passos, nada havendo de novo e de substancialmente não expectável eu, apesar dela, mantenho este texto já escrito. Até mesmo por ela…Aliás, o que dela ressaltou é que a Geringonça já era…agora é um TRICICLO!

É por demais evidente o “cerco” que te estão as fazer os teus, um cerco ignóbil em que tens sido vítima de autênticas facadas pelas costas e que eu aqui até já denunciei aquando da nomeação para a CGD de um dos teus: o Macedo. Alguns, em perfeito delírio, até sustentam que terá havido um acordo entre a Maçonaria e a Opus Dei, vê lá tu, só para te provocarem desilusão e te fazerem desistir…
Foi o Marcelo por causa do famigerado feriado, um dos que já cá canta! Foi o Santana a abdicar de enfrentar o Medina. Ele é o Rio que nunca se decide e é como aquele rio de S. Pedro de Moel,  a que o Zé Mário alude no “FMI” quando diz: “…desagua, porra”! E ontem foi a cereja no topo do bolo: o Mendinhos, esse tal que veio ocupar o lugar deixado em aberto pelo Marcelo, noutro canal, é certo, mas na mesma em sinal aberto. E com nítida vantagem porque…responder à Clara não é o mesmo que responder à Judite, convenhamos!
Eu não o costumo seguir, porque entre ele e o Futebol só se este for mesmo “rasca” mas, ontem, curioso de saber até onde vai o desplante dessa tua gente, esses todos que ainda há dois anos te incensavam, sorriam com os dentes todos e te davam pancadinhas nas costas, quis ver como este Mendinhos se iria portar. Uma desilusão, Pedro! O que ele não disse de ti, Pedro! No fundo corroborou todos os outros e só não te deu a estocada final porque, para bandarilheiro, não tem altura. Ele é mais peão de brega!
Eu vou-me poupar a enumerar todos os adjectivos com que te brindaram e quero, daqui e desde já, manifestar-te a minha inteira solidariedade. Estás admirado, como que dizendo: Tu? Sim Pedro, sim porque eu quero, eu desejo, eu imploro-te que fiques, que continues líder desse teu grande partido, desse grande partido que eles não se importam de fazer pequeno só para te desbancar…Têm o desplante de afirmar que não sabes fazer oposição quando, no meio daquilo tudo, ainda és o único que tem estratégia ( a forma como despachaste o Domingues, por exemplo), e eu quero-te dizer que ontem fiquei apalermado, uma maneira de dizer estupefacto, ou admirado, com a tua mudança radical de táctica. Ás vezes faz bem o intervalo…
Mas o que é que tu disseste assim de tão relevante que até parece que ninguém reparou e só apareceu naqueles rodapés que as televisões põem, como complemento às notícias mil vezes repetidas que vão dando e eu, que muitas vezes tenho a TV em silêncio e apenas por aí sigo as mesmas, pois mesmo que não tivesse observado uma, aquilo parece uma circunferência e, passados uns minutos, ela aparece outra vez e eu então li. E fiquei, vou dizer outra vez pois já expliquei o que é, apalermado com a tua capacidade, a tua acutilância e vontade de dar a volta o jogo!
Foi naquela convenção autárquica do teu partido, mais uma em que se saiu sem nomes se saber, mas onde tu disseste duas coisas, que eu já adjectivei e, por isso., não vou repetir: A primeira: “Portugal podia crescer mais…o Governo é que não quer”! Pimba, vai buscar, como dizia o nosso querido RAP! Ó Pedro, eu vou-te ser franco: eu já dei voltas à cabeça, voltas e voltas, já passei as mãos pela barba vezes sem conta, até já fiz um intervalo para respirar melhor e meter ar nos neurónios, mas…não atinjo!
Eu estava mesmo prestes a desistir quando, entretanto, se me fez luz e perguntei-me, como sempre fazemos: Porque não pensaste nisso antes? Isto afinal é como a história do ovo de Colombo, disse para comigo mesmo! “Portugal podia crescer mais…”, claro que podia. E, por isso, assalta-me agora, essa é a razão por que tu não foste àquelas comemorações do 1º de Dezembro: É que tu, consciente da pequenez deste nosso rectangulozinho aqui à beira do mar plantado, um pigmeu à beira de um gigante, a Espanha, chegaste à pergunta fatal: Crescer para onde? Tomar a Galiza! Eles querem ser independentes, mas com Portugal até que se uniam…Só posso dizer: brilhante! Mas o Governo não quer! Não quer a Galiza, então porque não a Estremadura, assim uma extensão das nossas Beiras e Alentejo? O Governo também não quer! Tomar ao menos Algeciras, Tuy, La Guardia, Badajoz, quiçá Salamanca…tudo isso nos dava já um “apport” de grandeza já justificável, mas…o Governo não quer!
Mas eu sei que tu não vais desistir e, depois dessa redundante afirmação que até, já confessei, conseguiu pôr os meus neurónios quase em curto circuito, tu fizeste ainda outra e esta, sim, da ordem do bombástico: “Nós queremos conquistar Lisboa e Porto”! Alargar para dentro, portanto…
Aqui eu acho que todos meteram a viola no saco e, muito embora muitos digam seres um D. Quixote sem Rocinante nem Sancho Pança, ficaram mudos perante tanto desassombramento. Quem é que ele pensará convidar para ganhar ao Medina em Lisboa e ao Moreira no Porto, perguntam-se todos?
Tu ainda não o disseste, mas eu, julgando depois de todo este meu tórrido raciocínio, alvitro o que, para ti, seja “Ganhar Lisboa e o Porto”: Não são as Câmaras coisíssima nenhuma, é ganhar à Cristas em Lisboa e no Porto a, a…a…não me surge agora o nome!
Continua Pedro, obriga o Costa a crescer pois ele só tem alargado! O Marcelo a alargar pois está escanzelado! O Santana a aparecer pois está muito isolado. E a todos os outros, os que na sombra te fazem figas, que “crecham e apareçam”. São todos uns bebés, que deveriam andar era no jardim escola, assim como aquele de Vila do Conde, que uma vez já aqui referi e se chama: “Creche e Aparece”.
É tudo Pedro, a gente quer que tu fiques e, por isso, da minha parte, a minha solidariedade!
E vai em frente, Pedro, nem que comeces por Verin, ali mesmo ao lado de Chaves…Não tem rio e eles dão-se bem…
(Joaquim Vassalo Abreu, 05/12/2016)

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