Rádio Freamunde

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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Eventos. Sebastianas 2012:

Torneio de Futsal Bock 8 - 2012 - Calendário da Segunda Fase

Triste vida:

O que nos veio a acontecer. Quem como eu que nasceu depois de acabar a 2ª. Grande Guerra Mundial, de passar por todas atribulações, filho de um casal pobre, pai serralheiro civil, mãe doméstica. 
Nesse tempo depois dos afazeres domésticos que na altura consistia no arrumo da casa, que dada as dimensões, que eram poucas, o ir lavar a roupa a tanques públicos ou particulares, por especial favor, o outro tempo era aproveitado para o trabalho a dias. 
Fosse na arrumação da casa, no trabalhar dos quintais, na lavoura no tempo das sementeiras - ia-se pelo comer e o adquirir de umas hortaliças - no acarretar à cabeça de cestos de terra e pedras para a construção de casas, tudo era aproveitado para tentar equilibrar as despesas quinzenais, nesse tempo recebia-se à quinzena, e o livro de fiados era pago de quinze em quinze dias. 
Ainda me lembro da minha mãe depois de somar todas as parcelas no livro de fiados dizer-me: - revê a soma a ver se bate certo com a que fiz: um género de prova dos nove. Corrigia. Andava na escola e em aritmética, como se dizia na altura, tinha boa aplicação e a minha conta batia certa com a da minha mãe. Depois de lhe dizer que batia certo, ela dizia-me: - ao pedir para corrigires, a minha intenção, era se me tinha enganado a favor do merceeiro, uma vez que assim não tenho dinheiro para pagar os débitos de quinze dias.
Eu sei o que ia na alma da minha mãe. Era uma pessoa que gostava de cumprir os compromissos. Sentia-se envergonhada. Custava-lhe pedir um adiamento do dinheiro em falta mas tinha de ser. 
Quem fazia as compras eram as mulheres e regra geral eram elas que tinham de pôr a cara. Os filhos, que nessa altura já éramos uns poucos, tinham necessidade de comer. 
O merceeiro de onde gastava era uma pessoa compreensível com as dificuldades por que passavam os seus clientes e tinha de proceder assim para fazer face à vida. Concordava com o adiamento. Recebia o que era possível. 
Se os clientes estavam mal eles não estavam melhor. Nessa altura como hoje quem fosse sério não enriquecia, conseguia levar uma vida modesta, era o que acontecia com o merceeiro de onde os meus pais gastavam.
Os filhos foram crescendo. Acabada a instrução primária começaram a trabalhar e o seu pecúlio quinzenal ajudava a fazer face à vida. Assim conseguiam pagar as suas dívidas e começar a ter uma certa independência, porque quem deve é sempre um dependente. Não pode regatear preços e tem de gastar sempre dali. Como disse era uma mercearia séria. 
Com outras, ouvia-se dizer, que aumentavam mais alguma coisa no livro de fiados deles. No acto do pagamento os clientes não podiam protestar porque senão era-lhe cortado o crédito e com a agravante de não conseguir que outros fiassem. Quando assim acontecia a palavra passava de boca em boca e os merceeiros usavam a solidariedade entre eles. 
Com os anos a passar e as melhorias que o País vinha conseguindo a vida sorria. Já se comprava um rádio a pilhas, a maioria das casas não possuíam electricidade, recheava-se melhor a dispensa, não se podia comprar frescos porque não existia frigoríficos a pilhas. 
A sardinha que dava para três passou a ser só para um. A ida ao café que era só aos fins-de-semana passou a ser diária. O comércio passou a vender mais derivado à independência das pessoas.
Com o 25 de Abril a independência foi total. Os ordenados cresceram. Vieram as férias e subsídios de férias e de Natal. Os portugueses de menos posses aproveitaram estas regalias para melhorar o seu sistema de vida: alguns aventuram-se a fazer ou comprar casa. Com isto a construção civil cresceu, o dinheiro que os bancos pagavam pelos juros não compensava, era melhor investir na compra de terrenos, carro, remodelar a mobília e assim sucessivamente. Saímos da cepa torta. O filho do trabalhador já podia frequentar o Liceu e a Universidade.  
Os governos começaram a prometer-nos o oásis. Os bancos o céu. 
A maioria dos portugueses acreditou e fizeram sempre a vida não se lembrando do amanhã. Os empregos eram estáveis. Não faltava trabalho. 
A entrada na União Europeia foi-nos vendida com um conto de fadas. Acabou-se com a agricultura e pescas. O dinheiro vinha a rodos e nunca houve um alerta que um dia se tinha pagar isto tudo.
Passados estes anos todos vemo-nos confrontados com essa triste realidade. O que almejávamos para os nossos filhos e netos tudo se desmoronou. Chego à triste realidade que aos meus netos e aos filhos deles venha a acontecer o mesmo que aconteceu a mim na minha meninice. Triste realidade.
O que mais me indigna é ver os chicos-espertos, que nunca tiveram vergonha, a enriquecer sem que ninguém saiba de onde vem esse dinheiro. Falcatrua atrás de falcatrua. O governo para as corrigir vem tirar as regalias e o dinheiro a quem tem menos. 
Os funcionários públicos, quando era miúdo, eram vistos como trabalhadores sérios e cumpridores. Hoje são o bode expiatório e a ralé da sociedade para este governo. É forte com os fracos e fraco com os fortes.
Espero que os filhos não comecem a dar uma manta e uma broa de pão e levar os pais a um monte e ali os deixar à sorte como se fazia antigamente. Este governo desde que tomou posse é esse o seu desejo.

domingo, 30 de outubro de 2011

JORGE SAMPAIO - PORTUGAL não se pode dar ao luxo de ter uma DEPRESSÃO:





O ex-presidente da República Jorge Sampaio alertou hoje que Portugal não se pode dar ao «luxo» de ter uma «depressão» e realçou a importância de «olhar para a criação de emprego» e de «encontrar renovados consensos políticos e sociais».
À margem da reunião de hoje do Conselho Geral da Fundação Cidade de Guimarães, órgão a que preside, Jorge Sampaio comentou a realidade de Portugal dizendo que se vão «atravessar momentos muito difíceis».
Para Sampaio é «preciso encontrar renovados consensos políticos e sociais» pois «se assim não for vamos ter uma desilusão».
O ex-presidente da República apontou ainda como sendo necessário «mais diálogo do ponto de vista político, mais presença e acção dos parceiros sociais porque as alternativas não surgem de um dia para o outro».
Jorge Sampaio disse ter «esperança» que Portugal «ultrapasse estes tempos difíceis» alertando que o país «não pode ter nenhuma depressão» pois «não se pode dar ao luxo disso embora», reconheceu, «as pessoas sofram e interrogam-se sobre o futuro».
Sobre o futuro, Sampaio realçou a «possibilidade de se olhar para a criação de emprego e de iniciativas que possam dar respostas às ansiedades dos jovens».  - afirmou ainda não gostar «de os ver imigrar à procura de emprego».
Por fim, terminou dizendo que  «não vale a pena pregar continuamente sobre as tristezas e a situação» em que Portugal está. «Vale a pena ver é como a podemos superar».

sábado, 29 de outubro de 2011

Passos Coelho “vende” Magalhães de Sócrates:

O dia da delegação portuguesa, em Assuncion, a capital do México, começou com um encontro com o Presidente do México.  Encontro à margem da Cimeira Ibero-Americana, dominado pela crise europeia, com Cavaco Silva e Passos Coelho a insistirem junto de Filipe Calderon na ideia de que a crise é sistémica, é uma crise mundial e deve ter uma resposta global. 
O México faz parte do G-20 e é, o quarto mercado fora do espaço europeu onde as empresas portuguesas mais investem.
Este encontro serviu para fechar mais uma parceria economica com quatro empresas portuguesas. Portugal vai vender ao México computadores Magalhães.

No Expresso de hoje:


O video é longo mas vale a pena ser ouvido pelos funcionários públicos:


Constitucionalistas Isabel Moreira e Jorge Bacelar Gouveia comentam o fim das subvenções para todos os antigos políticos que recebem do Estado e do privado.

PSD é o único a descer:


Sondagem da Eurosondagem para o Expresso, Rádio Renascença e SIC revela quebra do partido de Passos Coelho nas intenções de voto.
O PSD é o único partido a descer nas intenções de voto, embora mantenha uma liderança destacada. A vantagem dos sociais-democratas face ao PS diminui, com a queda laranja de 2,4 pontos e a subida de um ponto do PS.
Esta é a grande novidade do estudo da Euro sondagem para o Expresso, RR e Rádio Renascença quanto à intenção de voto nos partidos políticos.
Em matéria de popularidade dos líderes políticos e instituições, destaque este mês para a subida de Cavaco Silva e de Jerónimo de Sousa.
Cavaco fez-se notar com as críticas a medidas do Orçamento de Estado, enquanto Jerónimo de Sousa parece capitalizar com o descontentamento popular que se tem acentuado.

A civilização Romana:

Galerias Romanas da Rua da Prata

"A arquitectura e as técnicas de construção destas Galerias sugerem tratar-se de um monumento da época dos imperadores Júlio-Claúdios (primeira metade do séc. I d.C.), contemporâneos de outros edifícios públicos da cidade roamana de Olisipo.
Os últimos trabalhos arqueológicos do Museu da Cidade revelaram que as Galerias foram erguidas sobre uma espessa placa artificial de rija argamassa romana (opus caementicium – “antepassado remoto do betão”) colocada sobre a areia. A análise da arquitectura revelou a ocorrência nesta estrutura, ainda durante a época romana.
Estas galerias, desde a sua descoberta, têm sido alvo de diversas interpretações, de Termas a Fórum Municipal. Conhece-se hoje melhor a sua funcionalidade durante a época romana, seguramente ligada às actividades portuárias e comerciais. Propostas mais recentes indicam tratar-se de um «criptopórticos» - construções abobadadas empregues com alguma frequência pelos romanos em terrenos instáveis ou de topografia irregular para criar uma plataforma de suporte a outras edificações, normalmente públicas.
A inscrição dedicada ao Deus Esculápio, parece confirmar o carácter público do edifício.     

As grandes coisas nascem dos pequenos nada:

Ontem dia vinte e oito de Outubro na reunião de associados da A. C. R. Pedaços de nós, no ponto da ordem de trabalhos, trinta minutos para discussão e apresentação de propostas, foi solicitado por um sócio, qual a causa pelas noites de poesia deixar de se realizar. Foi dito que a actividade cultural do ano 2011 foi extensa. E de que maneira! 
Com a chegada das férias e como o verão nos presenteou com uns dias de estio fora do comum, pelos meses de Outono, por tal motivo não se deu continuação ao dito dia de poesia. Mas... como atrás de uma ideia surgem outras, foram lembrados outros eventos, assim como dar continuação ao site ou blogue da respectiva associação. Entendo que este devia ser mais participado, opinar não custa, o que custa é a contribuição. 
Deste modo dou esta pequena contribuição e como digo em cima “as grandes coisas nascem de pequenos nada”, deixo estes dois eventos à consideração. Um é um pequeno nada o outro é uma grande coisa.

A casa da Democracia:

Por vezes vemos o exterior e julgamos o interior igual. “Por cima tudo são rendas, por baixo nem fraldas têm”. É o que acontece com a casa da democracia. Sou um assíduo frequentador do Canal Parlamento e nunca vi a Assembleia da República com tanta falta de qualidade como nesta legislatura: nas sessões plenárias, interpelações e audições. Não se sabe o que se passa nas conferências de líderes porque são à porta fechada. A Presidente dá início à sessão diária e passados poucos minutos ausenta-se. Aos vices acontece o mesmo. No pouco tempo que ali se encontra são gafes atrás de gafes. É preciso os seus secretários chamarem-na a atenção porque os erros são de mais. Não tenho nada contra as mulheres, pelo contrário, mas comparando Assunção Esteves a outros Presidentes, fica a anos-luz deles, principalmente de Jaime Gama. 
Depois esta maioria não tem respeito pelos partidos da oposição. “Se queres ser bom juiz, ouve o que cada um diz”. Mas não. Se a oposição contesta vem um chorrilho de pragas e de maldizer da anterior governação. Não se lembram que já foi paga «a má governação» com a sua não eleição. Podiam-se lembrar que o povo está atento a estes acontecimentos e um dia pagam-lhe com a mesma moeda. 
Nunca fui socialista. Votei duas vezes PS por interferência de Sócrates. Para mim o melhor 1º. Ministro de Portugal. Nunca vinha para a Assembleia da República como um derrotado assim como os seus Ministros. Agora dá pena ver Ministros como Santos Pereira e Vítor Gaspar para não falar de outros. Santos Pereira parece um agente funerário – postura, cara e indumentária. Vítor Gaspar está bom para anunciar a morte. Da maneira como fala ela nunca chega.
Mas para se ter uma realidade do que se passa na Assembleia da República e da maneira como a maioria fala dos desvios “colossais” deixo estes vídeos à consideração.  

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Trapalhada em cima de trapalhada:



"CES precisa de tempo para dar um parecer sério, Silva Peneda sobre crítica do governo".


"O presidente do Conselho Económico e Social (CES) defende que o órgão não deve acelerar o parecer sobre as Grandes Opções do Plano se o quer fazer de forma séria, não aceitando a ideia de que o CES é “malandro” ou “se atrasa”. Silva Peneda responde assim à secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares, que defendeu que o CES deveria fazer um esforço maior para encurtar os prazos normais de funcionamento. Em causa está a falta do parecer do CES sobre as Grandes Opções do Plano, apreciação que será entregue a 8 de Novembro, 30 dias depois de ter recebido o documento por parte do governo e dentro dos 45 dias permitidos".


DESORIENTAÇÃO NO GOVERNO: ENTREGOU OE 2012 SEM AS GOP-

"O governo fez o impensável. Entregou o OE 2012 no Parlamento, mas não fez o memso com as GOP (Grandes Opções do Plano), documento que expõe as prioridades políticas, os objectivos e justifica o orçamento. Nunca tal acontecera.
A própria Presidente da AR reconhece a "gafe" do governo, a inconstitucionalidade do procedimento,  dá razão ao PS e obriga ao adiamento de uma semana, dando tempo ao 1º Ministro para fazer o que deve"!

Pedro Latoeiro

"A data da votação na generalidade, que estava agendada para a próxima semana, passou para 10 e 11 de Novembro.  A informação foi anunciada hoje por Carlos Zorrinho, líder parlamentar socialista, à saída de uma conferência de líderes extraordinária, e depois explicada por Assunção Esteves, que adiantou tratar-se de uma "decisão muito consensual".
Na base do adiamento está o atraso, da parte de Vítor Gaspar, na entrega das Grandes Opções do Plano que, por imposição da lei do enquadramento orçamental, têm de ser votadas em simultâneo com a proposta do Orçamento, que chegou ao Parlamento a 17 de Outubro.
A questão foi colocada pelos socialistas à presidente da Assembleia da República e, para resolvê-la, ficou hoje decidido que o debate da generalidade vai passar para 10 e 11 de Novembro em vez de acontecer, como estava planeado, a 3 e 4 de Novembro.
Em declarações aos jornalistas,  Assunção Esteves assegurou que o Parlamento intensificará os trabalhos para que o resto do calendário do Orçamento não seja afectado.  A votação final global está agendada para 30 de Novembro.  A aprovação está garantida com os votos da maioria governativa. A única incógnita é a posição do PS".

A "verdade”, diz ele:


Não sei o que será pior, se um "pivot" televisivo ter escrito um romance de "tese", o que quer que isso seja, com o qual pretende revelar ao "grande público" a "verdade" de que Cristo não era cristão e a Virgem Maria não era virgem, se a decisão da Igreja de promover comercialmente o livro levando-o a sério.
Não tenho fé religiosa alguma (nem fé alguma na literatura, quanto mais naquilo a que o "pivot" chama de literatura, da qual só vagamente conheço um episódio erótico com "sopa de leite de mama"). A questão da virgindade de Maria é matéria de fé e não me diz, por isso, respeito. Só que, justamente por se tratar de matéria de fé, não me parece que seja coisa com que se devam fazer números de circo capazes de embasbacar o "grande público" pagante.
Por outro lado, a verdade da fé é distinta da verdade histórica ou da científica, quanto mais das "verdades" de feirantes de livros. Para se poder amar e admirar uma obra como, por exemplo, o "Génesis" (isso, sim, grande literatura) é preciso suspender a incredulidade. Não me espantará, pois, que o "pivot" venha, a seguir, denunciar mais essa "fraude" da Bíblia, "revelando" ao "grande público" a verdade sobre o Big Bang. Dispenso-me, claro, de comentar o disparate de que Jesus, por ter nascido judeu, não era... cristão.
Mas a Igreja, não poderia ela ter deixado a César o que é de César, que é como quem diz o negócio dos livros ao negócio dos livros?

Sobre o PECIV:

O vídeo que acompanha este texto é de Abril de 2011 e já refere tudo o que nos está a acontecer: cortes de 50% no décimo terceiro mês, aumento de impostos e o não pagamento dos subsídios de férias e décimo terceiro mês dos anos que vem, além das subidas do IVA, gás e electricidade.
Custa-me a acreditar que os deputados que votaram contra o PECIV não dispusessem de informação como a que é aqui apresentada. O que queriam era pôr o PS fora do governo. Que se lixe o interesse do País. Um dia a história há-de revelar esta grande traição à Pátria e não sei se venha a acontecer a alguns o mesmo que, a Miguel de Vasconcelos.  
Dizem que o País estava na bancarrota. Se estivesse eles não queriam meter a mão no pote. Se tivesse merda não a metiam.

Portugal vai pagar mais de 650 milhões de euros em comissões pelos empréstimos concedidos pela troika:

Portugal vai pagar mais de 650 milhões de euros em comissões pelos empréstimos concedidos pela troika. As contas são do ministro das Finanças, que garantiu que o interesse público será salvaguardado na transferência dos fundos de pensões da banca para a Segurança Social.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Bem prega frei Tomás:

"A Cimeira Ibero-Americana, que decorre entre os dias 27 e 28 de Outubro, em Assunção, no Paraguai, é muito mais importante para o Presidente da República que para o primeiro-ministro ou para o chefe da diplomacia, Paulo Portas, garante hoje o i.
Enquanto Pedro Passos Coelho leva consigo quatro pessoas, incluindo segurança, Aníbal Cavaco Silva arrasta atrás dele um séquito de 23, no qual se incluem mordomo e médico pessoal.
O Presidente, que se eternizou na célebre frase "Ninguém está imune aos sacrifícios", já tinha suscitado consternação aquando da visita aos Açores em Setembro, por se ter feito acompanhar de uma comitiva de 30 pessoas, entre as quais estavam o chefe da casa civil e sua esposa, quatro assessores, dois consultores, um médico pessoal, uma enfermeira, dois bagageiros, dois fotógrafos oficiais, um mordomo e 12 agentes de segurança".

Do blogue "Sinusite Crónica":

E se o Governo fosse uma equipa de futebol?

Eis a equipa. O caramelo maior é o treinador. Está um jogador a mais mas não faz diferença. Mesmo com doze são uns abéculas 


Comecemos então.

 Pedro Passos Coelho – Roberto

"Começamos com o Primeiro Ministro e um guarda-redes cujo melhor elogio recebido em Portugal foi o de jogar bem com os pés. Pedro Passos Coelho é o Roberto deste plantel: o PM quer acreditar que os milhões de votos que deram por ele são de gente que ainda confia na sua governação; acredita que o mérito do seu trabalho acabará por vir ao de cima, mas até agora notabilizou-se por ir buscar bolas ao fundo da baliza. Acredita que a economia vai crescer 3,5% ao ano, acredita que Portugal não é a Grécia, sabe de fonte segura que as agências de rating vão cair na realidade, assegura que o Pai Natal parte da Lapónia todos os anos, e provavelmente espera que os seus três caniches vivam para sempre".

 Vítor Gaspar – Xavi Hernandez

"O Ministro das Finanças é o elemento mais cerebral do actual Governo, e aquele que pauta naturalmente o jogo de toda a equipa. Xavi Hernandez, seu paralelo futebolístico, é o pai do tiki-taka, um modelo de jogo que enerva o adversário e acaba por adormecê-lo através de uma eficaz circulação de bola, seguida de movimentos de ruptura absolutamente letais. Já Vítor Gaspar é adepto do hara kiri, um estilo de suicídio que fará deste governo o pior da história da democracia portuguesa".

 Paulo Portas – Freddy Adu

"Depois de umas habilidades num futebol de outro campeonato, Freddy Adu deu por si em apuros quando o hype sem fundamento o levou a pisar alguns dos relvados mais importantes da Europa, e outros menos honrosos. Com o fim da viagem, viria também o reconhecimento da inaptidão e o retorno do pequeno trota-mundos a casa. Infelizmente para os portugueses, também o Ministro dos Negócios Estrangeiros há-de regressar à base".

 José Pedro Aguiar Branco – Jorge Ribeiro

"Deve ser difícil chegar ao Bairro da Boavista e ser “o irmão do Maniche”, o que não ganhou uma Liga dos Campeões, foi dispensado do Benfica e é hoje um fiel sucessor de laterais esquerdos como Nelo, Caetano ou Quim Berto. O ministro José Pedro Aguiar Branco, coroado com 3,61% dos votos nas últimas eleições do PSD, encontrou em si o amor fraterno aos colegas de partido para pôr de lado as divergências de base e juntar-se à solução de unidade capaz de tornar o ministério da Defesa numa estrutura que não faça dois gajos virarem-se um para o outro no café e perguntarem: “mas p’ra que é que serve aquela merda?”. Até agora, está a falhar. É o único ministro que tem direito a ser tratado por 4 nomes, até porque não é major nem coronel de coisa nenhuma".

 Miguel Macedo – João Moutinho

"Se tivesse ardido muita mata no último Verão, seria fácil comparar Miguel Macedo a Mario Balotelli, o mal amado de Manchester que há uns dias atrás chamou os bombeiros a sua casa depois de lhe ter pegado fogo a brincar com pirotecnia. Felizmente, não é esse o caso, portanto fiz-me valer da recente declaração auto-vitimizadora do Ministro da Administração Interna em que este abdica de um estranho subsídio de alojamento (que daria para pagar 3 RSIs ou, no caso do Ministro, cerca de 28 bifes no XL). A forma como "abdicou de um direito" fez lembrar a sequência de contorções faciais que João Moutinho faz quando alguém lhe toca dentro de campo. Primeiro, age como se tivesse uma fractura exposta. A seguir, choraminga junto do árbitro. Coitadinhos".

Paula Teixeira da Cruz - Geraldo Alves

"Geraldo, hoje um competente e pacato assalariado do AEK de Atenas, é irmão de Bruno Alves. Formou-se no Benfica e foi em tempos aquilo a que na gíria se chama um sarrafeiro do caraças (Bruno Alves deve muito do que sabe ao seu mano). Para quem não acompanhou o início de carreira de Geraldo, imaginem um centro-campista capaz de guardar dentro de si todas as injustiças do mundo, mas apenas capaz de as resolver com entradas a pés juntos. Foi um pouco assim a chegada de Paula Teixeira da Cruz ao Governo, mas, como Geraldo Alves, também a ministra se tem vindo a acalmar, caminhando vagarosamente para a única reforma que parece estar ao seu alcance: a sua".

 Pedro Mota Soares – Franco Baresi

"Franco Baresi, lendário jogador italiano, construiu toda a sua carreira jogando a líbero. O que tem isso a ver com Pedro Mota Soares? É tão provável encontrar um líbero no futebol moderno como identificar solidariedade e segurança social no ministério com o mesmo nome. Pedro Mota Soares é portanto o líbero deste governo, ocupante inglório de um cargo que, se o CDS mandasse realmente nisto, faria dele o Ministro do Combate à Preguiça Popular e da FlexInsegurança".


Álvaro Santos Pereira – Paulo Futre

"Álvaro e Paulo. Universidade de Vancouver, Escola da Vida do Montijo. Dois homens, dois trajectos, a mesma convicção: vai vir charters, ou, no caso do Álvaro, empregos. Enquanto Futre vive confortavelmente na bolha que é o seu magnífico ego, “o Álvaro” parece uma criança obrigada a participar no teatro da escola. Esqueceu-se das falas, transpira por todos os lados e a coisa já só se endireita se alguém pegar na deixa e continuar a história sem ele".

 Assunção Cristas – César Peixoto

"Ninguém sabe explicar como é que ambos foram parar a clubes grandes, mas eles lá estão. A César Peixoto podemos gabar, no máximo, o facto de ser o melhor defesa-esquerdo metrossexual do futebol português. Assunção Cristas, por seu lado, ficará para a história por uma irrelevância do mesmo calibre, como mentora de um ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território sem gravatas. Diz-se que Deus está nos detalhes, mas isto, até para alguém religioso como a ministra, é levar o chavão longe demais".

 Paulo Macedo – Zlatko Zahovic

"Após uma passagem profícua pelo F.C. Porto, o mago Zahovic rendeu-se à economia de mercado e foi até Valência em busca de pesetas. Pouco tempo depois, regressaria a Portugal para abrilhantar o deserto de ideias que era o Benfica daquele tempo. Um pouco como Paulo Macedo, antigo Director Geral dos Impostos, cargo que abandonou em ombros para uma aventura na banca, de onde saiu em Junho para repensar o jogo do Governo na área da saúde. Busca ainda entrosamento, mas tem procurado jogar em futebol directo – directo ao bolso dos utentes do SNS".

 Nuno Crato – Madjer

"Esqueçam o Madjer do calcanhar de Viena. Refiro-me a outro Madjer, futebolista de praia, o mesmo que há alguns anos atrás estagiou durante 2 dias com o plantel de futebol de onze do Vitória de Guimarães. Desistiu da ideia quando percebeu que o campo era demasiado grande e que não dava para fazer pontapés de bicicleta com a mesma facilidade. O Ministro da Educação e Ciência já esteve mais longe de chegar à mesma conclusão". 

O empresário/suplente de luxo/treinador/adepto/guarda abel 

Miguel Relvas – Jorge Mendes

"O Ministro dos Assuntos Parlamentares não é bem um ministro. Em linguagem moderna, podemos dizer que é um connector. Mas é mais do que isso. É também um fixer, uma espécie de Michael Clayton com menos 10 cms, mais 10 kgs, e muito menos tempo para lidar com questiúnculas éticas. Se fosse futebolista, deixem-me cá ver, seria George Weah, o que partiu o nariz a Jorge Costa, foi suspenso por 6 jogos e recebeu o prémio fair play no fim da mesma época. Como não é futebolista, olhemos para ele como o empreendedor-sombra do actual ciclo governativo. O Governo é a sua Gestifute; o mundo uma complexa rede de relações para gerir. E o resto é conversa – sempre ao telemóvel, conforme se vê".

"Entretanto, ocorreu-me comparar Carlos Moedas ao Paulinho das toalhas, mas acho que já chega por hoje".

Do blogue "Loja de Ideias":

A vitória política de José Sócrates


"Foi lido, ontem à noite, um comunicado após o Conselho de Estado "Portugal no contexto da crise da Zona Euro".
Só este título, da reunião do Conselho de Estado, era o suficiente para afirmar que José Sócrates viu, muito antes da Presidência e, como os últimos tempos da então oposição (agora Governo) que a crise era internacional e não portuguesa.
Mas o segundo ponto do comunicado do Conselho de Estado é um pedido de desculpas pelo gravíssimo erro de análise da Presidência, que teve o seu expoente máximo no discurso de tomada de posse. Vejamos":
"Nesta reunião do Conselho de Estado, que contou com a presença de todos os seus membros, aquele órgão consultivo do Presidente da República analisou a situação de incerteza que se verifica na União Económica e Monetária, nomeadamente em resultado da crise sistémica das dívidas soberanas, e os seus reflexos na realidade económica, financeira, social e política do País."
(negritos meus)
"Sem pedir desculpas ou reconhecer o erro de forma explícita, a Presidência da República, através do Conselho de Estado, vem reconhecer a análise política de José Sócrates, ao assumir que a crise é uma crise da União Europeia e que é uma crise sistémica".

Casal vende bolachas para conseguir tratamento para o filho:

Um jovem casal de Famalicão decidiu fintar as dificuldades económicas para proporcionar um novo tratamento ao filho autista. Em época de crise, Ângelo e Carla dedicaram-se à venda de bolachas, salgados, bolos e t-shirts para arranjar os 3 mil euros necessários a um tratamento para o filho.

Sapatos de Luís Onofre agradam a Michelle Obama:

O estilista português Luís Onofre recebeu uma carta de agradecimento de Michelle Obama por uns sapatos que lhe tinha oferecido. Foi há quase um ano, quando Barack Obama esteve em Portugal, que o criador ofereceu esse par de sapatos à primeira-dama dos Estados Unidos. Na carta, Michelle promete ainda ficar atenta ao trabalho do português.

Dirigível português pode revolucionar transporte aéreo:

Voar sempre foi um sonho do Homem. Os dirigíveis foram a primeira máquina para subir aos céus, mas o avião rapidamente destronou essa conquista. A verdade é que, por estes dias, a ecologia e a economia relançaram o dirigível como alternativa e há até um grupo português a desenvolver um projeto que promete revolucionar o transporte aéreo.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

INCOMODA-ME, PRONTO:


Pedro Marques Lopes


“Com toda a certeza por falha minha, não percebo a pergunta. Durão? Guterres? Para o assunto em análise não me parece que seja minimamente relevante, nem me incomodo a pensar, um segundo que seja, nisso.
Digo-te o que me incomoda. Incomoda-me gente que reputo de honesta atribuir toda a culpa da nossa situação actual ao anterior Governo. Gente essa que sabe ou devia saber que isso é uma redonda mentira  e mesmo assim repete essa lengalenga. Incomoda-me que as pessoas ignorem a maior crise económica e financeira dos últimos cem anos e as suas consequências numa economia pequena e periférica como a nossa. Incomoda-me que tenham descoberto os problemas da Europa e do Euro há meia dúzia de semanas. Incomoda-me que se ignore olimpicamente que antes da crise a nossa dívida pública estava na média europeia. Incomoda-me a conversa criminosa do “viver acima das nossas possibilidades” quando dois milhões de portugueses vivem na pobreza e uma larga maioria dos portugueses sobrevivem com menos de 750 euros mensais que um tipo que ganha 3000 euros seja considerado rico. Incomoda-me que me tenham dito que com cortes nas gorduras e nos gastos intermédios se iam solucionar todos os problemas. Incomoda-me que se tivesse jurado a pés juntos que não se iam subir impostos e depois foi o que foi. Incomoda-me ver um PM dizer que a solução é o empobrecimento. Incomoda-me o estado da justiça, das empresas, dos sindicatos, e, sobretudo, de sentir que estamos numa descida muito íngreme e que vamos espetar-nos definitivamente sem que ninguém faça nada contra isso. Incomoda-me o tiro ao alvo aos políticos e incomodam-me os políticos que dão azo a que isso aconteça. Incomodam-me muitas mais coisas, mas não chegavam mil posts para as dizer todas.
Mas, mais que tudo, chateia-me estar sempre a repetir que achei o anterior governo  péssimo como se tivesse necessidade de arranjar uma desculpa para poder criticar este. Pior, chateia-me começar a sentir que este é capaz de se tornar ainda pior que o anterior”.

Teixeira dos Santos diz que esteve prestes a demitir-se em 2010:

Teixeira dos Santos revelou que esteve para pedir a demissão por causa do dossier da Madeira. O antigo Ministro das Finanças declarou ainda que não se arrepende de nenhuma decisão que tomou enquanto governante.

Primeiro nevão da época na Serra da Estrela

A Serra da Estrela cobriu-se de branco e apanhou muitos turistas desprevenidos.

Encontrado avião que caiu ao largo da Madeira há 34 anos:


Foi encontrado nos mares da Madeira o avião suíço que caiu no mar há 34 anos. Estava a mais de cem metros de profundidade, na zona do Porto Novo. O avião, com o nome de Caravelle, está praticamente intacto.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Para onde nos levaram:

O PECIV não resolvia nada. Era uma forma de cada vez nos sujeitar a não sermos independentes. Com a vinda da Troika tudo se resolvia. Desde a confiança que a banca ia ganhar juntos dos mercados, a nossa economia melhorava a olhos vistos, os juros baixavam, tudo era um paraíso.
Abençoado País que tais iluminados produz. Só que ao contrário do paraíso prometido, calhou-nos um inferno. Pena, estes iluminados não irem lá parar, ou seja, irem, vão, o que não vamos ter o prazer de os ver ali assar.
Com as medidas que o governo tomou pôs a população portuguesa num ataque de nervos. Faz-me lembrar há anos quando três colegas meus andavam num colchão pneumático a boiar e contentíssimos da vida, cada um, respeitava o espaço do colega mas, eis que outros colegas que ali andavam a nadar disseram que eles não deviam ter pé. Então deu-se o inacreditável.
 A partir daí era o que mais podia disputar o colchão pneumático. Aqui acabou-se o pacto de cavalheiros, era o que melhor se podia desenrascar. Se não fosse um dos colegas que andava a nadar ir até próximos deles e moralizá-los com palavras tais como: não vos descontroleis, tende calma e começai a bracejar em direcção ao areal porque a partir de agora já tendes pé.
Só com palavras conseguiu trazê-los até ao areal. Depois do susto apanhado e de saberem que nenhum sabia nadar é que viram na aventura em que se meteram. Os que disseram que não tinham pé também reflectiram no erro que cometeram. Nunca se deve dizer que vem lobo para não se assustar as ovelhas.
Bem faz Boaventura Sousa Santos. Denunciar os Pedros que dizem e fazem tudo para vir lobo.       

sábado, 22 de outubro de 2011

Robô feito de Lego resolve o cubo mágico em 5 segundos:

Um robô feito com peças de Lego e com um vulgar 'smartphone' como cérebro surpreende ao completar o famoso "cubo mágico" em pouco mais de 5 segundos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Do blogue "Crónicas do Rochedo":



Começa hoje o Festival de BD da Amadora. O CR presta aqui a sua homenagem.
Era uma vez um país, chamado Tugalândia, no extremo mais ocidental da Europa, habitado por cigarras e formigas. Viveram felizes durante muitos anos, porque as cigarras eram inconscientes e gastavam à tripa forra e as formigas, diligentes, embora olhassem para as cigarras com desconfiança, continuavam a armazenar os alimentos e nunca se preocuparam em avisá-las de que a sua vida faustosa um dia teria de acabar, porque os celeiros onde se abasteciam, um dia se haveriam de esgotar.
Quando um celeiro dirigido pela cigarra Costa deixou de fornecer alimentos, o governo desse país há 30 anos formado por baratas tontas, ratazanas e alguns parasitas, teve pena das cigarras. Obrigou as formigas a trabalhar ainda mais, mas não pediu às cigarras que fossem mais contidas. As coisas começaram então a correr mal. As formigas começaram a protestar e as cigarras juntaram-se ao coro, acusando o governo de ser incompetente e lhes querer tirar os alimentos diligentemente arrecadados pelas formigas.

Foi então que apareceu um coelho, branquinho e bem parecido, que disse ter acabado de chegar do País das Maravilhas, cujos habitantes eram muito felizes, porque uma menina chamada Alice tinha descoberto a poção mágica da Felicidade, de que ele conseguira arranjar a receita, durante uma noite de galanteios. Cigarras e formigas dançaram então em conjunto e decidiram que era altura de acabar definitivamente com os governos das baratas tontas, ratazanas e parasitas e confiá-lo ao simpático coelho.
Antes, porém, perguntaram ao coelho qual era a receita que ele tinha para as tornar eternamente felizes. O láparo tirou a cartola, respirou fundo e contou uma história de encantar que ouvira da boca de um tal Gulliver, numa Casa de Chocolate gerida pela Bruxa Má.
Algumas cigarras e formigas duvidaram da receita- viram logo que aquilo era prosápia de coelho bem falante- mas, reunidas em plenário, decidiram aceitar a proposta.
O coelho começou por avisar que para cumprir a tarefa tinha de chamar mais coelhos para o ajudar. Cigarras e formigas concordaram. O coelho chamou o Bicho Papão que estava a cuidar do jardim e ordenou-lhe que reunisse de imediato os coelhos amigos que andavam a servir de seus mensageiros, espalhando notícias falsas por toda a Tugalândia.
Pouco tempo depois de ter sido investido no poder, com pompa e circunstância, o coelho começou a pensar como é que havia de justificar as patranhas que pregara a cigarras e formigas.
Chamou as formigas à parte e mandou-as construir vários buracos, mas ordenou-lhes que nada dissessem às cigarras. Cumprida a tarefa, pelas diligentes formigas, o coelho chamou as cigarras e acusou as formigas de terem andado a escavar buracos, sem a sua autorização. Disse-lhes que tinha muita pena, mas a única maneira de tapar os buracos era fechar os celeiros do país, gamar-lhes o 13º mês, o subsídio de férias, aumentar os transportes, os impostos, os bens alimentares, cortar nos benefícios sociais, subir o IVA, o gás e a electricidade. Avisou-as desde logo que desconfiava que havia ainda mais buracos, pelo que o pior ainda estava para vir.

Quando perceberam que tinham sido enganadas e que afinal quem as estava a governar era a trupe de Ali Babá e os 40 Ladrões,disfarçados de coelhos, cigarras e formigas começaram a protestar, mas nada havia a fazer, porque tinham assinado um pacto com o coelho bem falante, que lhe dá direito a governar Tugalândia durante quatro anos. Enquanto Ali Babá e os 40 Ladrões esvaziam os celeiros e escravizam cigarras e formigas, um grupo de papa -formigas, reuniu-se na capital do país e decidiu enviar uma embaixada a Patópolis para falar com Patacôncio. O objectivo é pedir-lhe que convença os Irmãos Metralha a assaltarem o cofre da Maga Patalogika, que vive na Além-Mama, onde explora todos os povos da Eurolândia.
De acordo com notícias veiculadas por Tintin, enviado especial do CR a Patópolis, os Irmãos Metralha impõem uma condição: João Bafo de Onça deverá fazer parte da missão e o Tio Patinhas ser convidado para governar a Bruxalândia, capital da Eurolândia. Esta decisão causou estranheza à embaixada, mas um dos Irmãos Metralha ( o 176-671) terá confidenciado que estavam fartos de aturar o Coronel Cintra e o seu sonho sempre fora viajar para a Eurolândia. " Mas nossa ida para lá não tem piada alguma, se não pudermos continuar a assaltar o Tio Patinhas"- rematou o 176-671.